O ministro das Finanças tem a seu crédito o controlo do défice no primeiro Governo Sócrates, mas esse feito tem vindo a ser apagado pelo mau trabalho dos últimos dois anos.
Para quem já esqueceu, é preciso relembrar que a crise do subprime se estendeu à economia mundial no final do Verão de 2008, razão pela qual muitas empresas encetaram, de imediato, planos de contingência para evitar males maiores.
E o que fez o Governo? Rendido aos objectivos eleitoralistas - era preciso vencer as legislativas de 2009 -, Teixeira dos Santos não só permitiu, mas ajudou a difundir um discurso ilusório sobre a situação, além de ter subscrito medidas absolutamente contrárias aos sinais da tempestade que aí vinha, como o aumento irrealista dos funcionários públicos.
Depois, foi negar a evidência da derrapagem das contas públicas até ao limite.
Tomar medidas tarde e a más horas.
Apresentar um Orçamento em que ninguém acreditou.
Fazer rapidamente um PEC logo ultrapassado por medidas adicionais impostas por Bruxelas.
Aceitar ver-se desautorizado quanto ao "pacote" das obras públicas...
Enfim, Teixeira dos Santos já foi um bom ministro das Finanças. Mas já não é ...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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